Até no dia em que nasci esperavam que morresse.
Afinal eu era “apenas uma rapariga”…
Minhas queridas filhas,
Hoje vou tratar de assuntos políticos em Faizabad e Darwaz.
Espero regressar a casa em breve, mas tenho de vos avisar de que isso pode não acontecer. Ameaçaram matar-me nesta viagem.
Quero que saibam que tudo o que faço é para que vocês sejam livres de viver as vossas vidas e de sonhar os vossos sonhos. Se me matarem e não voltar a ver-vos, quero que se lembrem disto.
Sejam corajosas. Não tenham medo de nada na vida.
Hoje pode ser o dia da minha morte. Se isso acontecer, por favor, pensem que servi um propósito. Sintam sempre orgulho em tentar ajudar as pessoas e fazer do nosso país e do nosso mundo um lugar melhor.
Um beijo para as duas.
Amo-vos.
A vossa mãe
Mulher, mãe, deputada e candidata às eleições presidenciais do Afeganistão, Fawzia viu o pai e o marido morrerem lutando por um país melhor. Essa luta é também a sua. Mas, tal como eles, ela é um alvo a abater. Cada uma das cartas que escreve às suas filhas nasce do receio de não as voltar a ver mas também da esperança num futuro melhor.
Às Minhas Filhas, com Amor… é uma herança feita de palavras e actos de coragem que é um retrato de uma mulher a todos os níveis admirável.
a menina que se chamava número 27
a vida secreta das princesas árabes
clara – a menina que sobreviveu ao holoc
comprada – a minha vida num harém
o diário da minha melhor amiga