“Esta é a minha vida e não vou desistir de a viver.”
As raparigas na escola são diferentes de nós. Têm uma pele reluzente, braços rechonchudos e cheiram a sabonete Lux. Eu moro no Instituto para os Protegidos, onde sou acordada por uma campainha e tenho de lutar por um pedaço de comida. Mas esta é a minha vida e não vou desistir de a viver.
Nascida na cidade de Cartum, no meio do deserto, Leila compreende desde cedo que não faz parte da sociedade sudanesa. Na escola, ela e a sua melhor amiga, Amal, são apelidadas de “filhas do pecado”. O mais próximo que tem de um lar é um orfanato severo, onde partilha a sua solidão com outras crianças abandonadas. A sua irmã mais velha, Zulima, está casada com um homem muito mais velho, o que é por todos considerado uma sorte, uma vez que uma rapariga abandonada raramente consegue quebrar o ciclo de miséria. Quando fazem dez anos, Leila e Amal não têm direito a celebrar, são, sim, submetidas à mutilação genital.
Apesar de ser vítima de preconceito e considerada maldita pela sociedade, Leila é corajosa e consegue completar os estudos. Acaba por se casar, ter quatro filhos e divorciar-se, mas mesmo já adulta continua a viver o estigma do abandono. Na sua luta diária, continua a procurar a resposta para a pergunta: “Quem sou eu?”
Esta obra maravilhosamente escrita dá vida às cores e à sensualidade do deserto do Norte de África e conta como a verdadeira amizade pode nascer em condições tão adversas.
“O leitor vai torcer desesperadamente para que Leila consiga ultrapassar os obstáculos que a vida lhe reserva, e ela não o irá desapontar.”
She Magazine
“Ao contar a história de Leila, Wendy Wallace foca também temas mais abrangentes: a exclusão numa sociedade profundamente tradicional; a luta entre forças políticas progressistas e reaccionárias; e a crueldade, particularmente entre as mulheres, num mundo misógino…. A história desta mulher nascida na miséria e que teve a coragem de mudar o seu destino oferece um olhar refrescante sobre um país muitas vezes noticiado, mas nunca verdadeiramente explorado.”
Time Out London
Leila Aziz nasceu em 1969, em Cartum, no Sudão, onde ainda reside e dirige uma ONG que luta para acabar com os preconceitos contra os proscritos da sociedade.
Wendy Wallace é uma premiada jornalista e escritora. Passou vários anos no Sudão, trabalhando principalmente para a ONU. Em 2001 foi distinguida como a Jornalista de Educação do Ano, tendo já escrito para o The Times, The Telegraph, The Guardian e para várias publicações do Médio Oriente. Vive actualmente em Londres.
“Foram vários os motivos que nos levaram a escrever e publicar este livro. Foi uma decisão difícil. Antes de nos resolvermos a contar a nossa história, eu e o meu marido, Gerry, tivemos de ponderar muito cuidadosamente várias questões e entre elas, com um peso especial, o impacto que poderia ter nas vidas dos nossos três filhos. A minha razão para escrever o livro é simples: contar a verdade.
Todo o dinheiro que ganharmos com as suas vendas será gasto a procurar a Madeleine. Nada é mais importante do que encontrar a nossa menina.”
Kate McCann
“Acreditamos que este livro possa vir a ajudar a investigação. Pode ser que leve alguém que possua informação importante (consciente ou inconscientemente) a partilhá-la com a nossa equipa. Alguém tem em seu poder a peça-chave do puzzle.”
Gerry McCann
Kate e Gerry McCann criaram o Fundo de Madeleine – “não deixar nenhuma pedra por revirar" – com o objectivo de continuarem a procurar Madeleine, raptada na Praia da Luz, em Portugal, quinta-feira, 3 de Maio de 2007. Como já não há actualmente nenhuma agência policial oficial no mundo a procurá-la activamente, este fundo permite a uma pequena equipa, composta por elementos bastante empenhados e experientes, continuar a investigar o seu desaparecimento. A sua acção abrange não só o Reino Unido e Portugal mas o mundo inteiro. São também desenvolvidas campanhas de consciencialização em diversos países, de forma a alertar as populações para o facto de Madeleine se encontrar ainda desaparecida, encorajando a sua atenção e vigilância. Não há nenhuma prova que sugira que Madeleine foi maltratada, sendo por isso vital continuar a procurá-la, bem como a quem a raptou. Por esta razão, todos os direitos de autor provenientes da venda deste livro reverterão para o Fundo de Madeleine.
Os directores do Fundo de Madeleine – “não deixar nenhuma pedra por revirar" – uma organização não-caritativa sem fins lucrativos, são: Peter Hubner, Brian Kennedy, Michael Linnett, Edward Smethurst, Jon Corner, Kate McCann e Gerry McCann. Mal Madeleine seja encontrada, o fundo será usado para ajudar na busca de outras crianças desaparecidas em todo o mundo.
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