LIVRO DO ANO
Publishers Weekly
Nas cidades e aldeias afegãs, há raparigas que se movimentam livremente e sem medo de represálias. Num país onde a mulher não tem valor nem privilégios, há meninas que vão à escola e brincam na rua. Elas existem mas ninguém sabe quem são. Porquê? Porque estão disfarçadas de rapazes. São as suas próprias famílias a fazê-lo ao abrigo de uma tradição secreta ancestral chamada bacha posh.
No Afeganistão, a mulher nasce como ser inferior e morre com o mesmo estatuto. Para uma família, não ter filhos varões é uma tragédia. De forma a contornar este estigma, muitos vestem e apresentam ao mundo as suas filhas como se fossem rapazes. Mas este estado de graça só dura até à puberdade, altura em que são obrigadas a assumir a sua identidade feminina e a liberdade tem um fim abrupto. Para as meninas que tiveram um vislumbre de autonomia, o choque é dilacerante e os seus efeitos são frequentemente devastadores.
A jornalista premiada Jenny Nordberg deparou-se com este costume e ficou fascinada. Pouco a pouco, conseguiu reunir um grupo de mulheres corajosas. Entre elas, está Shukria, casada e que viveu vinte anos como rapaz; Zahra, pré-adolescente que não quer regressar à infernal condição feminina; Nader, que já é adulta e desempenha ainda o seu papel de homem; e Mehran, filha de uma arrojada deputada do Parlamento afegão.
As suas histórias são fascinantes e dão-nos uma perspetiva totalmente nova sobre o que significa ser mulher e os sacrifícios a que obriga ainda nos dias de hoje.
“Um livro fascinante que mostra a uma nova luz o que significa ser do sexo feminino no país considerado oficialmente como o pior do mundo para se ser mulher.”
Observer
Jenny Nordberg, jornalista premiada, é conhecida pelos seus trabalhos de jornalismo de investigação. Correspondente e colunista do jornal sueco de difusão nacional Svenska Dagbladet, tem um longo currículo de reportagens de investigação para, entre outros, o New York Times, onde contribuiu para uma série que ganhou o Pulitzer Prize for National Reporting em 2005. Em 2010, foi-lhe atribuído o Robert. F. Kennedy Award for Excellence in Journalism por um documentário televisivo sobre as mulheres afegãs. É membro do International Consortium of Investigative Journalists. Vive atualmente em Nova Iorque.
Para mais informações sobre o tema, consulte o site:
a menina que se chamava número 27
a vida secreta das princesas árabes
clara – a menina que sobreviveu ao holoc
comprada – a minha vida num harém
o diário da minha melhor amiga