Fiquei a observar Zana, os seus gestos, enquanto falava em frases apressadas. Tinha as mãos calejadas e rijas, com unhas partidas ou roídas até ao sabugo, e os dedos inchados. Cicatrizes que nunca lhe tinha visto marcavam-lhe a pele com recordações profundas e furiosas do que tinha sofrido, recordações que nunca haviam de a deixar.
Podem ler o primeiro capítulo de Escravas, aqui.
O Maurice olhou para mim e perguntou:
– Se me fizer o almoço, pode pô-lo num saco de papel castanho?
Não compreendi verdadeiramente a pergunta.
– Okay, tudo bem. Mas porquê?
– Porque quando vejo os miúdos ir para a escola com o almoço num saco de papel castanho, sei que alguém cuida deles. Miss Laura, posso ter o meu almoço num saco de papel castanho, por favor?
Desviei a cara quando o Maurice disse isto, para ele não ver as lágrimas que me assomaram aos olhos. Um simples saco de papel castanho, pensei.
Para mim, não significava nada. Para ele, significava tudo.
Podem ler o primeiro capítulo de O Fio do Destino, de Laura Schroff, e Alex Tresniowski, aqui.
Havia coisas piores do que aceitar um emprego que exigia que eu partisse para o Brunei no dia da operação do meu pai. O sultanato do Brunei, no Sudeste Asiático, era um país de que só recentemente ouvira falar. A descrição das minhas funções era, na melhor das hipóteses, vaga, mas eu fantasiava que talvez chegasse e me deparasse com uma aventura louca, um monte de dinheiro e um patrão que era nada menos que o Príncipe Encantado. Era a minha oportunidade de me desembaraçar da minha capa de boémia e de me reinventar como uma exportação enigmática, talvez a amante de um rei ou a heroína de um romance de espionagem.
Podem ler o primeiro capítulo de Comprada – A Minha Vida num Harém, de Jillian Lauren, aqui.
a menina que se chamava número 27
a vida secreta das princesas árabes
clara – a menina que sobreviveu ao holoc
comprada – a minha vida num harém
o diário da minha melhor amiga