A máscara é só para as fotografias. Porque ainda tem medo que a matem. No fim dos anos 70 era uma rapariga numa “minúscula aldeia” da Cisjordânia, à espera de casar. O rapaz era “belo, belo”. Começaram a encontrar-se nas ervas. Ela ficou grávida. A família reuniu-se para decidir o que fazer. O cunhado executou a sentença. Regou-a com gasolina e deitou-lhe fogo. Ela não morreu. Foi deixada num hospital, sem tratamento. A mãe tentou envenená-la. Deu à luz a meio da noite, sem ajuda. Uma organização suíça conseguiu levá-la para o estrangeiro. Hoje vive “algures na Europa”. Conta a sua história num livro, Queimada Viva. Há pelo menos cinco mil mulheres por ano vítimas de “crimes de honra”.
Podem continuar a ler a entrevista de Alexandra Lucas Coelho a Souad, autora de Queimada Viva, publicada na revista Pública, do Público, no dia 2 de Maio de 2004, aqui.
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