As mulheres afegãs não devem ser vistas como vítimas, ainda que o sejam, porque "podem fazer a diferença" e serem "parceiras" no caminho da mudança, afirmou à agência Lusa a deputada afegã Fawzia Koofi.
Esta militante dos direitos das mulheres, que ocupou o cargo de vice-presidente da Assembleia Nacional do Afeganistão na anterior legislatura, está em Portugal a promover a sua autobiografia intitulada, na edição portuguesa, Às Minhas Filhas, com Amor....
"Embora as mulheres do Afeganistão tenham sofrido, e muito (...), elas são muito fortes. Essa é a mensagem que não é entendida pelo mundo, elas podem fazer a mudança, podem fazer a diferença e penso que não devemos olhar para elas como uma pobre mulher do Afeganistão", defendeu.
Fawzia Koofi afirmou ainda que o Paquistão e o Irão são alguns dos países que estão a apoiar os talibãs devido aos seus interesses estratégicos no Afeganistão.
Questionada sobre a existência de ligações entre os serviços secretos paquistaneses e os talibãs, a deputada respondeu também com uma pergunta: "Se elas não existem de onde é que os talibãs recebem apoio?"
"Se o grupo [dos talibãs] não tivesse apoio de fora do Afeganistão como é que podia existir e sobreviver? Não é só o Paquistão, agora é também o Irão que está a apoiar os talibãs e também outros países que têm interesses em desestabilizar a região", afirmou.
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