Segunda-feira, 28 de Março de 2011

 

 

Atrevi-me a viver a minha vida…

Dos meus pais, recebi uma sentença de morte!

 

Sofia Hayat é bela e talentosa. A sua carreira de modelo e actriz é um sucesso: participou já em longas-metragens, programas televisivos, anúncios e campanhas publicitárias. Dificilmente alguém poderia imaginar o pesadelo que viveu até chegar onde chegou. E é precisamente o que está para lá desta vida glamorosa que faz da sua história um exemplo comovente de triunfo e coragem. Nascida em Inglaterra, no seio de uma família muçulmana tradicional, Sofia foi forçada a viver de acordo com regras de um rigor absoluto: o pai proibia-a de fazer amigos e, se se atrevesse a falar com rapazes, era violentamente castigada. Carente e solitária, viu a sua vida mudar quando foi para a universidade. Aí experimentou pela primeira vez as liberdades que a maior parte das jovens ocidentais tomam como garantidas. Na sua nova vida podia ir a festas e divertir-se. Mas a recém-descoberta alegria durou pouco: das ameaças de morte, os pais passaram ao rapto. A reputação da família estava irremediavelmente manchada. A única solução honrosa era a morte.

 

Desonrada é o relato inspirador da sua luta. Sofia não abdicou dos seus sonhos nem tão-pouco esqueceu aquilo por que passou para conquistar a liberdade. Actualmente, dedica o seu tempo livre a ajudar jovens mulheres muçulmanas que se encontram em situações semelhantes às que viveu. A sua história é uma inspiração para raparigas de todo o mundo.

 

A tremer de medo, saltei da cama e passei à acção. Uns meses antes, tinha enfrentado a morte naquela cozinha e sabia bem que estava perto de a enfrentar uma vez mais. Quanto mais pensava, mais acreditava que a possibilidade de um crime de honra era bastante plausível. Para os meus pais, não lhes restava outra opção. Queriam pôr um fim ao seu tormento. Aquela era a solução.



publicado por Rita Mello às 16:29 | link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Sofia Hayat nasceu em 1974 e cresceu no Kent, em Inglaterra. A sua carreira na televisão começou em 2000 na Zee TV. Em 2004, estreia-se na representação na série Absolute Power da BBC. Em 2005, conquista o seu primeiro papel no filme Exitz, seguido de Cash and Curry. Em 2010, foi protagonista de The Unforgettable, que lhe valeu uma nomeação para os Beffta Awards, na categoria de Melhor Actriz. Sofia tem também feito carreira na música, tendo já actuado a solo no Royal Albert Hall; o seu primeiro álbum está prestes a ser editado. Actualmente, está a trabalhar no seu próprio filme, baseado em parte na sua vida.

 

Para mais informações sobre a autora consulte o site www.sofiahayat.com



publicado por Rita Mello às 16:28 | link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 4 de Março de 2011

 

 

De que país é originária Fawzia Koofi?

Resposta: Afeganistão.

 

Vencedores:

01 – Maria Isabel Ferreira Pinto Magalhães

25 – Patrícia Melo

50 – Daniela Filipa Duarte Alves

75 – Adélia Cidália Rodrigues Ferreira

100 – José Manuel Morais Silva

 

Parabéns aos vencedores e obrigada a todos os participantes!



publicado por Rita Mello às 17:01 | link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

Quinta-feira, 3 de Março de 2011

 

 

Fawzia Koofi, 35 anos, deputada e candidata às presidenciais do Afeganistão em 2014, trocou Cabul por Lisboa para apresentar o livro que escreveu a partir das cartas que deixava às filhas, de 12 e 10 anos, sempre que saía em campanha sem saber se voltava.

 

O ponto forte da sua agenda política são os Direitos das Mulheres, o que não espanta, visto que, por ter nascido mulher, era esperado que morresse. Que mudanças nota entre a sua geração e a das suas filhas?

Algumas, mas claramente insuficientes. A minha primeira filha foi recebida em festa; a segunda não... Mas sou de uma aldeia rural e nas cidades as tradições estão a mudar, lentamente, mas a mudar. E as mulheres são muitas, pelo que a perspectiva de as ter a começa a fazer sentido num mundo de trabalho, até aqui, exclusivamente masculino… Em casa, elas não dão lucro.

 

Sustenta no seu livro (Às Minhas Filhas, com Amor...) que a sharia e a burqa não são tão más como parecem... Quer explicar?

É tudo uma questão de liberdade de escolha, o que nem sempre o Ocidente entende... Se é imposto é mau; se é uma opção, pode ser ou não. Todos têm o direito de seguir uma lei islâmica como a sharia e uma tradição como a burqa que, para a minha mãe, foi sinónimo de protecção e, para mim, de humilhação. Os problemas de uma e outra prática resultam da diversidade de leituras. A lei islâmica, que eu professo, assenta numa prática moderada e não extremista, como a pretendem os talibãs, que se apropriaram dela para dominar a população. Em nenhum texto sagrado se  defende o adultério mas também em nenhum se legitima o apedrejamento, essa, é mais uma invenção dos talibãs!

 

Disse numa entrevista que falar com os talibãs é inútil. Mas não é também indispensável num processo democrático?

Não, porque eles não acreditam na democracia ou então participavam no processo, fazendo eleger os seus representantes no parlamento – não só não fazem como ameaçam de morte quem faz. Nunca sei quando saio em campanha, se volto... E o mundo tem de parar de  ser conivente com o Paquistão porque só enfraquecendo os talibãs é que o grupo desaparece. Quanto aos políticos afegãos, também temos muito que fazer mas não é na integração deles. A integração tem de ser feita junto daqueles que, por falta de alternativa, se juntam aos talibãs, reforçando a sua força. Eles alimentam-se da fraqueza do povo.

 

Como é que viu a chegada das forças aliadas e o anúncio da sua partida, já agendada para 2014?

Lembro-me de andar pelas ruas sem saber exactamente de que país eram aqueles militares e nem queria saber: sentia-me grata e livre. E não só eu, todos os recebemos com esperança. Mas com a invasão do Iraque os olhos do Mundo voltaram-se para lá, o Afeganistão ficou esquecido e os  talibãs emergiram de novo até a comunidade internacional ter voltado a olhar para nós mas numa única perspectiva: erradicar talibãs e al-Qaeda...

Quanto à retirada, agendada para 2014, devolvo a pergunta ao presidente Obama: Se acha que nessa data deixa para trás um país em segurança, retire. Agora, se o que fica é uma guerra interrompida, as consequências serão tão más para o meu país como para os vossos. Não é realista sair em 2014. Começar a transição sim, sair de vez, não!

 

Vai concorrer a presidente do Afeganistão nas eleições de 2014. Quais são os destaques do seu programa?

Liberdade e justiça, coisas básicas e essenciais. Nada de transcendente ou irrealista. Não estou aqui para mudar o Mundo nem mesmo o país. Este tem de mudar por si e ao seu ritmo, mas é com pequenos passos que se faz a diferença e é neles que assenta a minha proposta de intervenção... Elaborei uma lista de violências contra as mulheres que não se esgotam na violência doméstica de marido para mulher mas também na do pai para a filha quando insiste num casamento arranjado com alguém do seu meio, apenas para manter o estatuto social e a tradição... Um casamento legal tem de ser livre. A liberdade é a minha única proposta política. O resto vem por acréscimo.

 

Que opinião tem do actual presidente, Hamid Karzai? 

De início prometia ser um bom presidente mas agora está em rota de colisão com todos. Não só por causa das acusações de corrupção mas por falta de visão democrática. Karzai tem uma perspectiva étnica da política, por isso negoceia com os talibãs, o que o torna impopular aos olhos do país e do Mundo.

O Afeganistão precisa de parcerias. Irão e Paquistão e outros países centro-asiáticos estão de olho em nós. Não temos boas experiências com eles e precisamos de as ter com outros. O Afeganistão é muito apetecível, quer do ponto de vista geoestratégico, quer do ponto de vista da riqueza de recursos naturais... Há tanto para  fazer. Também por isso é o melhor país para ter nascido. Não saberia viver em paz havendo guerras por fazer.

 

(Entrevista de Dina Gusmão a Fawzia Koofi, autora de Às Minhas Filhas, com Amor..., publicada no Correio da Manhã, no dia 1 de Março.)



publicado por Rita Mello às 10:55 | link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 2 de Março de 2011



publicado por Rita Mello às 16:55 | link do post | comentar | favorito

 

 

As mulheres afegãs não devem ser vistas como vítimas, ainda que o sejam, porque "podem fazer a diferença" e serem "parceiras" no caminho da mudança, afirmou à agência Lusa a deputada afegã Fawzia Koofi.

Esta militante dos direitos das mulheres, que ocupou o cargo de vice-presidente da Assembleia Nacional do Afeganistão na anterior legislatura, está em Portugal a promover a sua autobiografia intitulada, na edição portuguesa, Às Minhas Filhas, com Amor....

"Embora as mulheres do Afeganistão tenham sofrido, e muito (...), elas são muito fortes. Essa é a mensagem que não é entendida pelo mundo, elas podem fazer a mudança, podem fazer a diferença e penso que não devemos olhar para elas como uma pobre mulher do Afeganistão", defendeu.

Fawzia Koofi afirmou ainda que o Paquistão e o Irão são alguns dos países que estão a apoiar os talibãs devido aos seus interesses estratégicos no Afeganistão.

Questionada sobre a existência de ligações entre os serviços secretos paquistaneses e os talibãs, a deputada respondeu também com uma pergunta: "Se elas não existem de onde é que os talibãs recebem apoio?"

"Se o grupo [dos talibãs] não tivesse apoio de fora do Afeganistão como é que podia existir e sobreviver? Não é só o Paquistão, agora é também o Irão que está a apoiar os talibãs e também outros países que têm interesses em desestabilizar a região", afirmou.



publicado por Rita Mello às 15:20 | link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 1 de Março de 2011



publicado por Rita Mello às 14:14 | link do post | comentar | favorito

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